Por Alexandre Cumino
São alguns, os sintomas da mediunidade de
incorporação. É importante conhecer estes sintomas, porque eles se manifestam
independente da pessoa saber que é médium de incorporação, ou não. Muitas
vezes, este médium começa a se sentir um estranho no mundo, começa a se sentir
ou ser chamado de “esquisito”, ou louco. Mas não somos loucos, somos médiuns de
incorporação e existem diferenças claras entre loucura e mediunidade.
A pessoa que tem a mediunidade de incorporação
latente, adormecida, não lapidada ou mal trabalhada, costuma apresentar alguns
sintomas comuns. A grande maioria destes médiuns são muito sensitivos, com uma
grande capacidade de sentir o que outras pessoas estão sentindo, de sentir as
dores alheias. Mas também podem sentir, ver e ouvir o que os outros não sentem,
não veem e não ouvem. É comum que a mediunidade de incorporação seja
acompanhada de outros dons mediúnicos. Nesta realidade imaterial, tudo é
energia, subjetivo e sutil, ainda que seja muito real e quase palpável para
quem está percebendo o que os outros não percebem.
Alguns pensam que estão ficando loucos por não
conseguirem explicar aos outros o que está acontecendo dentro de si, podendo se
tornarem pessoas reclusas, introvertidas, estigmatizadas, marcadas e excluídas
do convívio social.Se questionam se estão loucos por atraírem para si dores
alheias conhecidas e desconhecidas, mas, no fundo, sabem que isto não é loucura
e, sim, um fenômeno mal explicado. Grande parte dos médiuns de incorporação tem
esta capacidade de atrair, de puxar, a energia que acompanha as pessoas ou os
ambientes.
Os sentimentos de dó, piedade e tristeza diante da
dor e sofrimento alheio aumentam a capacidade de absorver as energias negativas
e enfermiças do outro, o problema é não saber o que fazer com isso depois.
Assim, muitos médiuns têm vontade de ajudar e inconscientemente sabem que podem
ajudar, no entanto, não sabem como lidar com sua mediunidade e desconhecem
recursos e técnicas para lidar com estas situações.
Da mesma forma, estes médiuns evitam encontrar
pessoas muito negativas. O resultado é que, depois destes encontros, podem
sentir enjoos, moleza pelo corpo, sonolência e outros tipos de mal-estar, como
dores de cabeça frequentes e até dores pelo corpo.
Nestes casos, quando procuramos médicos, os seus
males não são diagnosticados e suas dores de cabeça não tem origem conhecida.
Claro que não podemos confundir sintomas biológicos com desequilíbrios
mediúnicos ou mediunidade mal trabalhada. A grande diferença entre problemas
físicos e sintomas mediúnicos é que, com o passar do tempo, o médium sabe que
seus males são o resultado de uma situação dentro de um contexto, como
encontrar alguém, ir a tal local ou ter passado nervoso.
É comum o médium de incorporação se sentir mal
depois de desequilíbrios emocionais. Quando se desequilibra, o médium entra em
uma sintonia baixa de vibração e abre seu campo mediúnico, mental e emocional
para energias de carga negativa. Quando está nesta vibração negativa, o médium
também acaba sintonizando com espíritos negativos ou negativados como
sofredores, espíritos perdidos e/ou revoltados. O contrário também é verdade.
Assim, a pessoa que tem mediunidade de incorporação pode
ficar muito vulnerável a influências externas e, às vezes, acabar tendo um
comportamento considerado bipolar. Mas a sua mediunidade não deve ser desculpa
para este comportamento. O médium deve procurar um equilíbrio interno para não
ficar tão sujeito a estas influências externas. A mente deve assumir o controle
da mediunidade. Uma pessoa equilibrada e centrada não fica absorvendo cargas de
todos os lugares por onde passa, mas caso isso venha a acontecer, não deve se
desequilibrar, deve, sim, perceber que está absorvendo energias negativas e
aprender a descarregar-se e encaminhar estas energias. A isto, chamamos de
maturidade mediúnica, o quê é resultado de trabalho e educação mediúnica.
Por isso venho, há anos, afirmando que: não basta
desenvolver a mediunidade de incorporação, não basta aprender a incorporar
espíritos; é fundamental, preciso e necessário passar por uma educação
mediúnica, ter cultura mediúnica, estudar e compreender o fenômeno, suas causas
e efeitos. É imprescindível um trabalho de autoconhecimento, sentir o que
acontece com você e adquirir técnicas para se autotratar, para se limpar energeticamente,
descarregar cargas negativas e encaminhar espíritos que possam estar lhe
perturbando.
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