A
Glândula pineal ou epífise foi bastante conhecida dos antigos, fato observado
através das descrições existentes. A escola de Alexandria participou ativamente
nos estudos pineais que se achavam ligados às questões de ordem religiosa. Os
gregos conheciam-na por "conarium" e os latinos por "glândula
pinealis". Estes povos em suas dissertações localizavam na glândula pineal
o centro da vida.
Muito
mais tarde, os trabalhos sobre a glândula pineal se enriquecem com De Graf,
Stenon e Descartas. Este último fez interessante e minuciosa descrição,
atribuindo até nossos dias; para ele, a alma era o hóspede misterioso da
glândula pineal.
No
começo deste século, os estudos tomam maior incremento com observações mais
aprimoradas. Nos nossos dias, apesar de experimentações mais meticulosas, ainda
não temos definitiva interpretação sobre sua real função, daí as divergências
nas hipóteses apresentadas.
As
pesquisas embriológicas em certos animais vertebrados (lacertídeos) notificaram
a presença de um elemento que denominaram “olho pineal”, considerado por muitos
como órgão sensorial destinado à visão de certos animais fósseis. Seria órgão
vestigiário, órgão em repressão, cuja presença nos animais mais avançados na
escala zoológica representaria o resquício de olho ímpar de certos
invertebrados? Inúmeras experiências foram feitas nas diversas espécies animais
a respeito do olho pineal; as conclusões são contraditórias e pouco razoáveis.
Poderíamos
pensar que o olho pineal, em vez de ser elemento regressivo, com tendências ao desaparecimento,
fosse, ao contrário, elemento em desenvolvimento. Do olho externo e ímpar de
certos animais haveria, aos poucos, nos lentos e meticulosos processos de
mutações e transformações evolutivas que desconhecem o tempo, uma inflexão para
o interior da caixa craniana, tomando características histológicas especiais
sem perderem as de sua origem. Atenderia esta formação ao controle de funções
de alta relevância para o animal tais sejam os diversos mecanismos do instinto,
com tonalidades próprias, conforme o desenvolvimento da espécie. Com o
aparecimento progressivo em relação à escala zoológica, portanto evolutivo, iria
aparecendo ao lado do olho pineal o divertículo epifisário, até que no homem
alcançaria em conjunto com as paráfises (formações embriológicas mais ou menos
constantes), o estado mais completo do desenvolvimento pineal.
Desse
modo, o olho poderá ser visto como o ponto em que se iniciam os verdadeiros
alicerces da glândula pineal e, como tal, o início da Individualidade
espiritual - as expressões de um EU em formação - que não existe nos
invertebrados, cuja zona espiritual deve fazer parte de um conjunto próprio da
espécie (alma grupo), sem as nuanças que caracterizam o Indivíduo, o EU. Lógico
seria admitir que, à medida que a escala zoológica avança, os instintos se
desenvolvem atingindo seus mais altos graus; e, na espécie humana a glândula
pineal responderia pelos mecanismos da meditação e ao discernimento, da
reflexão e do pensamento e pela direção e orientação dos fenômenos psíquicos
mais variados.
A
glândula pineal ou epífise, na espécie humana, ocupa posição central em relação
aos órgãos nervosos.
A
glândula pineal mantém relações com as glândulas endócrinas e deixa
transparecer sua influência em maior ou menor grau. Ainda é difícil estabelecer
as relações exatas entre a pineal e as demais glândulas embora possamos
asseverar, pelos trabalhos e observações conjuntas, que a pineal seria
realmente a orientadora da cadeia glandular, comunicando-se com as demais
glândulas direta ou indiretamente tendo na hipófise o grande campo de suas
expansões com o organismo inteiro. Não seria a neuro-hipófise, mas
precisamente, a zona por intermédio da qual a pineal orientaria todo o seu
trabalho no equilíbrio endócrino?
Com
os gritos da puberdade, aos 14 anos em média, a pineal chefiando a cadeia
glandular e mais condicionada pelo desenvolvimento físico do indivíduo,
encontra melhor campo e distribuição das emoções de vidas pregressas, cedidas
pelos vórtices da zona inconsciente (zona espiritual).
Estes
profundos vórtices energéticos do inconsciente, por se acharem ligados às
manifestações do sexo, causam modificações como que preparando o campo físico
(através da glândula pineal) às necessidades evolutivas, onde as imensas
regiões das emoções melhor se expressam. Essa glândula responderia pelos mais
altos fenômenos da vida - "glândula da vida espiritual" - e por ser
elemento básico e controlador das razões emocionais, o sexo em suas múltiplas
manifestações dependeria integralmente de sua interferência. Ainda seria por
intermédio dessa glândula que os fatores propulsores de evolução espiritual
(renúncia, uso equilibrado do sexo, tolerância, bondade, abnegação e disciplina
emotiva por excelência) alcançariam índices bastantes elevados. Desse modo, a
pineal séria a tela medianeira onde o espírito encontra os meios de aquisição
dos seus íntimos valores, por um lado e, pelo outro, fornece as condições para
o crescimento mental do homem em verdadeiro ciclo aberto, inesgotável de
possibilidades e potencialidades. As aquisições para o espírito serão cada vez
maiores e as influências do espírito na matéria serão cada vez mais potentes.
Tudo se amplia e completa nas ajustadas etapas palingenéticas, como
possibilidades mais lógicas da evolução no esquema cósmico.
Pelas
referências acima, percebemos a influência diretora da glândula pineal sobre a
cadeia glandular do organismo. A ligação que mantém com o hipotálamo e outras
zonas nobres do sistema nervoso central é evidente, como também a influência que
exerce no sistema neuro-vegetativo. Desse modo, jamais podemos afastar a
glândula pineal da participação de inúmeras funções orgânicas, direta ou
indiretamente, assim como da acentuada correlação no setor psíquico.
Porque
não admitir a pineal - devido à sua situação absolutamente central em relação
aos órgãos nervosos, às unidades glandulares que dirige, aos elementos
somáticos que influencia, ao sistema neuro-vegetativo que atua e controla -
como sendo o Centro Psíquico, o Centro Energético, o Centro Vital, que se
responsabilizaria pela ativação e controle de todos os atos orgânicos, desde os
mais simples até os fenômenos mais altos da vida?
Podemos
considerar a pineal como sendo a glândula da vida psíquica; a glândula que
resplandece o organismo, acorda a puberdade e abre suas usinas energéticas para
que o psiquismo humano, em seus intrincados problemas emocionais, se expresse
em vôos imensuráveis.
A
afirmação filosófica-intuitiva da escola de Alexandria, dos antigos gregos e
mais modernamente de Descartes, como sendo a pineal a sede da alma, e com os
estudos que atualmente possuímos, devemos meditar profundamente, sem julgarmos
a priori aquilo que nossa ciência oficial ainda não alcançou.
Existe
outro terreno orgânico, ainda desconhecido inexplorado, para além do físico, de
energia mais sutil e menos condensada do que aquela da matéria e que por isso
mesmo a dirige e orienta. É terreno puramente vibratório, não observado pelo
olho humano mesmo com aparelhagem óptica especializada, contudo perceptível pelos
reais efeitos: terreno no qual estaria mergulhada a energia condensada que é a
matéria, obedecendo aos seus influxos, por serem mais evoluídos, mais vividos,
mais experientes e, por isso, com possibilidade de comandar inteligentemente.
Para
que a ciência progrida resolva seus difíceis problemas, terá que imergir nas
energias, mais precisamente nas energias do mundo psíquico, para melhor
defini-lo, estudá-lo e compreendê-lo. Não mais se entenderá uma ciência que
fique a arrastar-se na análise e a computar exclusivamente aquilo que os
sentidos humanos possam perceber; terá que integrar-se no todo, ter a visão
sintética, a visão de conjunto e não mais rastejar teimosamente em dimensões
menores.
Os
pesquisadores, em suas dissecções anatômicas e em seus mergulhos nos
infinitamente pequenos, vão transformando a matéria de viva em morta, e com
isso jamais encontram o Princípio Vital, a Essência dessas unidades de
trabalho. Por assim proceder, afirmam solenemente nada existir além do que os
sentidos percebem, e iludem-se com o mais densificado.
Jorge
Andréa
Médico
e Expositor do Instituto de Cultura Espírita do Brasil
Fonte: Nos Alicerces do inconsciente
- Jorge Andréa
ASPECTOS
DA GLÂNDULA PINEAL
A glândula pineal conserva ascendência em todo o sistema endocrínico, age como uma espécie de
supervisora em relação a outras glândulas. Influi sobre o corpo variando o grau
de reação aos raios de luz, isto é, controla a sensibilidade da cor à luz. Regula
a cor da pele, fazendo variar o grau de reação aos raios luminosos, isto é,
controla a ação da luz sobre o pigmento da pele. Evita, na criança, o
desenvolvimento sexual prematuro, promovendo uma puberdade normal. A Pineal
também contribui para o desenvolvimento normal físico e mental das células cerebrais
e das células dos órgãos de reprodução. Apesar de um grande número de
substâncias neurotransmissoras tipo dopamina, octopamina, serotonina e outras
podem ser extraídas da pineal, a única substância abundante e biologicamente
ativa secretada por ela é a melatonina.
EPÍFISE
E A LITERATURA ESPÍRITA
A
literatura espírita há muito vem dando destaque para o papel da Epífise como
porta de entrada para a percepção mediúnica, no livro “Missionários da Luz”
André Luiz dedica um capítulo inteiro ao assunto.
MISSIONÁRIOS
DA LUZ,
CAP. II – A EPÍFISE (ALGUMAS CITAÇÕES)
“...Enquanto
o nosso companheiro se aproveitava da organização mediúnica, vali-me das forças
magnéticas que o instrutor me fornecera, para fixar a máxima atenção no médium.
Quanto mais lhe notava as singularidades do cérebro, mais admirava a luz
crescente que a epífise deixava perceber. A glândula minúscula transformara-se
em núcleo radiante e, em derredor, seus raios formavam um lótus de pétalas
sublimes”.
Ela
acorda as forças criadoras no organismo humano na puberdade e, em seguida
continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos
da criatura terrestre
A
glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos
maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional.
A
glândula pineal segrega “hormônios psíquicos” ou “unidades forças” que vão
atuar, de maneira positiva, nas energias geradoras.
A
Pineal desempenha papel muito importante em qualquer modalidade de exercício
mediúnico. Ligada à mente, através de princípios eletromagnéticos do campo
vital, que a ciência comum ainda não pode identificar, comanda as forças
subconscientes sob a determinação direta da vontade.
As
redes nervosas constituem-lhe os fios telegráficos para ordens imediatas a
todos os departamentos celulares, e sob sua direção efetuam-se os suprimentos
de energias psíquicas a todos os armazéns autônomos dos órgãos.
Através
de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e
recepção de raios peculiares à esfera espiritual.
MECANISMO
DA COMUNICAÇÃO MEDIÚNICA
Os fenômenos de efeito inteligente se
processam no cérebro. Para
Allan Kardec, no Livro dos Médiuns, em diversas citações os espíritos
esclarecem que todos os fenômenos mediúnicos de efeito inteligente se processam
através do cérebro do médium.
No
córtex cerebral se origina a atividade motora e todas as percepções sensitivas
que chegam ao cérebro.
No
córtex cerebral podemos distinguir diversas áreas, com limites e funções
relativamente definidos.
No
livro “Nos Domínios da Mediunidade”, cap. 3, Equipagem Mediúnica, André Luiz
diz:
“...A alma encarnada possui no cérebro físico
centros especiais que governam a cabeça, o rosto, os olhos, os ouvidos e os
membros, em conjunto com os centros da fala, da linguagem, da visão, da
audição, da memória, da escrita, do tato, do olfato, do registro de calor e
frio... tantos outros quantas sejam de aquisições entesouradas pelo ser.”
A
partir da rede nervosa, se projetam estímulos neuroniais que ativam ou inibem
toda a atividade cerebral cortical.
Para
que o espírito comunicante possa atuar no organismo do sem a interferência do
médium é necessário que se promova um bloqueio no “sistema nervoso ativador das
funções cerebrais”, se isto não for feito todas as mensagens mediúnicas
percebidas pelo médium serão sempre conscientes.
ISOLAMENTO
DE ÁREA DO CÓRTEX CEREBRAL
UTILIZADA
PELA COMUNICAÇÃO MEDIÚNICA
Estudos
revelam que a melatonina produzida pela Epífise interage com os neurônios do
cérebro, tendo um efeito sedativo e isolante.
O
que precisa ser feito é ativar a produção de melatonina e direcioná-la para a
área do córtex cerebral responsável pelo comando do órgão que irá ser utilizada
pelo espírito comunicante, isolando-a momentaneamente. Espírito mentor emite
impulsos de energias eletro-magnéticas, que são captadas pela glândula pineal.
A
pineal converte essa energia em neuroquímica e passa a produzir melatonina que
sob a orientação do espírito mentor será enviada para a região do córtex
cerebral vai ser isolada. Os cientistas Vollrath e Semm provaram que a pineal
converte ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos. A pesquisa está publicada
na revista científica Nature, de 1988.
Entre
a pineal e o restante do cérebro não há uma via nervosa direta, a ação da
pineal no cérebro se faz por repercussões químicas.
Este
processo se faz através da sinapse, que permite que elementos químicos se
liguem quimicamente aos receptores específicos nos neurônios, dando
continuidade à propagação dos sinais emitidos para o cérebro. A melatonina é
assim direcionada para a parte do córtex cerebral que vai ficar sob seu efeito,
ou seja, sedada, assim, o médium perde o comando sobre algum órgão, permitindo
que outro espírito se ligue a este sistema sensório e o utilize.
Então,
após a área do corte cerebral estar sob ação sedativa, o mentor espiritual por
processos fluídicos, conectará o espírito comunicante.
Como
a pineal é sensível à luz, não é estranho que ela seja mais sensível ainda à
vibração eletromagnética, sabemos que a irradiação espiritual é essencialmente
semelhante à onda eletromagnética que conhecemos, compreendendo-se assim, sua
ação direta sobre a pineal.
Podemos
constatar essa atuação dos espíritos mentores na preparação do médium para
comunicação na obra Missionários da Luz cap. 16:
“... Mais uma vez contemplava, admirado, o
fenômeno luminoso da epífise e acompanhava o valioso trabalho de Alexandre na
técnica de preparação mediúnica, reparando que ali o incansável instrutor se
detinha mais cuidadosamente na tarefa de auxílio a todos as células do córtex cerebral,
aos elementos do centro da linguagem e às peças e músculos do centro da fala”.
A EPÍFESE POSSUI CRISTAIS DE
APATITA
Cristais
de apatita estão na periferia da glândula pineal, formando uma espécie de campo
de captação magnética. A quantidade de
Cristais varia de pessoa para pessoa.
Quando
uma pessoa tem muito desses cristais, ela consegue sequestrar mais sinais
magnéticos. Quanto maior a quantidade de cristais maior é o campo magnético e
com isso a pessoa fica com suas percepções mediúnicas mais acentuadas.
Quando
uma pessoa tem pouco desses cristais, ela consegue sequestrar menos sinais
magnéticos.
Quanto
menor a quantidade de cristais menor é o campo magnético e com isso a pessoa
fica com suas percepções mediúnicas menos acentuadas.
Fazendo-se
uma comparação figurada, poderíamos dizer que uma pessoa com poucos cristais é
como fosse uma antena comum de televisão e uma pessoa com muitos cristais é
como fosse uma antena parabólica, a captação dos sinais ficam
amplificados.
Quando
esses sinais chegam num cristal ele é repelido e rebatido pelos outros
cristais, formando assim o campo magnético. Estes indivíduos então apresentam
maior facilidade nos fenômenos de psicofonia, psicografia, vidência. Quando a
pessoa tem muita facilidade de desdobramento, ele apresenta bem menos cristais
na pineal.
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