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"A caridade ensinada melhora os ouvidos. A caridade praticada aprimora os corações". Emmanuel

sábado, 7 de julho de 2012

Dogmas e Rituais



   Dogma é o que caracteriza uma religião, norteando o conceito religioso. No Catolicismo, por exemplo, existe o dogma da Ressurreição, da Vida após a morte, da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), etc. Os dogmas da Umbanda são os mesmos do Kardecismo, Espiritismo (como se denominam), já que se trata da religião trazida pelos Espíritos. Os procedimentos comuns são: abertura dos trabalhos com preces, leitura do evangelho, água fluidificada e incorporação (com ou sem mesa redonda), prece de encerramento. Os Kardecistas não têm rituais catalogados, já que eles consideram que através do processo mental ou energético, que se alcança o Trabalho. Na Umbanda, tudo tem que ter fundamento, pois leva em consideração a manifestação de corpo, alma e sentimento.
Os rituais são de extrema importância. Rituais de alma são concentração e conscientização, manifestação do ser naquele momento que pode ser feita juntamente com o sentimento. Ainda não possuímos o mental totalmente desenvolvido, e não alcançaremos este desenvolvimento ainda encarnados, devido a nossa imperfeição, por isso nós necessitamos dos rituais.
  Cada uma das sete linhas da Umbanda (Oxalá, Oxossi, Ogum, Xangô, Iemanjá, Yori e Yorimá), tem sete faixas vibratórias (ligações entre os dois planos, material e espiritual). Cada linha possui as sete vibrações. A Umbanda trabalha todas essas sete faixas vibratórias, considerando os pólos positivos e negativos, até a 4ª faixa. Da 5ª em diante são trabalhos direcionados. A mesa branca ou Kardecista trabalha apenas com os manifestantes da 3ª e 4ª faixas.
1ª Faixa: Espíritos totalmente ignorantes, que não usam seu arbítrio por causa de seu total desconhecimento. São usados por terceiros e pela lei de causa e efeito.
2ª Faixa: Espíritos que despertaram para o conhecimento. Aqueles que já podem ser direcionados para a realização de trabalhos (usam seu arbítrio).
3ª Faixa: Têm conhecimento da Lei de Causa e Efeito, reconhecem o processo e a necessidade de evolução, mas não têm conhecimento suficiente.
4ª Faixa: Se empenham em missão de socorro, permanecendo na Espiritualidade para trabalhar mediunicamente (todas as formas). No pólo positivo (lado luz) podemos citar os Protetores, que têm conhecimento suficiente, e no negativo, os Magos Negros (lado sombra), que são os executores da Lei.
5ª Faixa: São os Mestres da Sabedoria, o homem perfeito, o Adepto [¹]. Não incorporam, só se manifestam através dos sentimentos. Como exemplo temos Pai Kachambí, que escolheu Passos como campo vibratório para trabalhar. Estão a serviço da coletividade. Em seu individual e em seu livre-arbítrio, podem escolher o tipo de missão.
6ª Faixa: Coordenadores das outras faixas e das falanges.
7ª Faixa: Direcionam os trabalhos. Responsáveis por toda a coordenação dos trabalhos no Planeta, em todos os templos e em todas as religiões. São os Arcanjos.
________________________

[¹] O Adepto escolhe seis alternativas por livre vontade:
1.     Permanece com a humanidade como cabeça ou dirigente hierárquico;
2.    Permanece com a humanidade como Nirmanakaya, que são espíritos superiores, que ao invés de seguir a sua evolução em outros planos superiores, permanece no Plano Astral para ajudar a humanidade a progredir, por meio de comunicações com esse plano, por intermédio de um médium ou de Adeptos – mestres – ou Instrutores.
3.    Reúne-se aos Devas ou hostes angélicas;
4.    Reúne-se ao próprio Logos, constituindo-se no que se pode chamar o “Estado Maior”;
5.    Prepara o plano da cadeia seguinte, colaborando diretamente nela;
6.    Entra no Nirvana, naquilo que se conhece como o Eterno Presente.

Do Livro “Umbanda, Essa Desconhecida” de Roger Feraudy, orientado pelo Espírito Babajiananda (Pai Tomé). Editora do Conhecimento.

Raças Planetárias

5ª Raça [²]:    O despertar do conhecimento para a evolução. Difusão para que todos tenham condição de evoluir (globalização, Internet, televisão, etc.).
6ª Raça:        O objetivo será a moralidade do ser.
7ª Raça:        O objetivo é a regeneração. Espíritos capazes de serem enviados a outros planetas para auxiliar. (Aquisição de “pedigree”).

É através do ritual da saudação que se faz a conexão com as faixas vibratórias, estabelecendo a condição mental necessária (corpo + alma + sentimento). É preciso abundancia de experiências para se aprender a escolher, já que o espírito flutua entre as polaridades positiva e negativa, não se aprendendo a ser luz sem a sombra e o bem só existe em função do mal. O ritual da saudação é manifestação do corpo e da intenção. Após a saudação vem o chamado “Bater a Cabeça”, que é um ritual de entrega, submissão a uma hierarquia vibratória superior, realizado em frente ao altar, corpo no chão, encostando por três vezes a cabeça no chão (tripé = corpo, alma e sentimento = o indivíduo, o ser e a essência). Esse é um dos rituais da Umbanda que em nosso Centro é suprimido em função da quantidade excessiva de médiuns, bastando “bater” a cabeça a Pai Kachambí e equipe, inclinando a cabeça em direção ao solo em saudação (chakra frontal onde ocorre o processo mediúnico, em direção à terra em sinal de submissão). Frontal na terra significa descarregar a vontade própria de manipular qualquer coisa que seja intenção, visão, comando, domínio, julgamento não presente, confiar plenamente no Mestre para ser guiado por ele, como se fechasse o 3º olho. Aprender o ato da entrega, de ser mais humildade, de ter mais fé, de ser instrumento do amor, da verdade e da caridade. Quando no encerramento se agradece ter sido esse instrumento, se está elevando a auto-estima, através do reconhecimento do próprio trabalho.
Dar a benção é uma emanação energética positiva em direção à outra pessoa, além de que o guia de quem abençoa, passa a supervisionar, conduzir e comandar os abençoados (médiuns). Nossa babá prefere não dar a benção, acha que para isso tem que existir discernimento e evolução suficientes para não incorrer em erros, preferindo não assumir essa responsabilidade. A hierarquia dentro dos trabalhos em nosso plano é importante, tomar a benção dos presidentes e dos pais e mães-pequenos (aqueles que recebem do orientador a incumbência de manter a ordem e a disciplina quando da ausência da babalaorixá ou da presidência), porque o controle dos trabalhos tem que estar em suas mãos (ato de “baixar o topete”, humildade). Mas, o mais importante é o respeito pela pessoa.
Lembrar que se o espírito for esperar ser perfeito para trabalhar, o processo evolutivo vai demorar muito mais. . . Trabalho sempre! Errando ou acertando, mas tentando.
________________________
[²] Cada ciclo máximo de manifestação cósmica compõe-se de sete Rondas, por meio de um globo de evolução, o que perfaz uma cadeia planetária. Cada Ronda possui sete raças básicas, fundamentais, chamadas de mãe ou raiz. Cada raça, por sua vez, possui sete sub-raças. Assim, na nossa cadeia terrestre, encontram-nos presentemente, na quarta cadeia, na quarta Ronda e na quinta sub-raça da quinta raça-raiz. A 1ª Raça-raiz pode ser chamada de Raça das Sombras e nada mais é do que a projeção dos corpos astrais dos nossos antecessores da cadeia anterior. A 2ª raça é denominada Nascidos de Si Mesmos, era etérica, sem corpo físico. A 3ª foi chamada de Raça Lemuriana. A 4ª também chamada de Atlante, habitou um vasto continente que ocupava quase totalmente o Oceano Atlântico. A 5ª raça, a atual, é também chamada Ariana ou Ária. Das suas sete sub-raças, apenas cinco são conhecidas: 1-Indo-Egípcia, 2-Ário-Semítica, 3-Iraniana, 4-Celta, 5-Tetônica. As duas últimas sub-raças ainda estão por vir: 6- Austral-Americana e 7-Latino-Americana.

Do Livro “Umbanda, Essa Desconhecida” de Roger Feraudy, orientado pelo Espírito Babajiananda (Pai Tomé). Editora do Conhecimento.

Consciência Cósmica

Consciência total ou iluminação total é a faculdade dada ao iluminado, àquele que atingiu a iniciação por qualquer dos três caminhos que levam a ela: o amor total, o estudo ou sabedoria e o exercício ou o método. O ser assim dotado compreende a intimidade de todas as coisas criadas e de todos os seres, desde a matéria inanimada ao ser mais complexo, e está sempre em intimo contato com a Grande Inteligência do Universo. A Mediunidade não é um ramo de iniciação, pelo contrario, elas são incompatíveis. Quem nasce médium já traz, por efeito do carma, um rompimento congênito em sua tela, que possibilitará por meio dessa provação, contatos com os mundos supra físicos e as entidades que nele habitam. Se o médium fizer bom uso dessa faculdade, usando-a exclusivamente em prol do amor e dos seus semelhantes, o médium pode se libertar do carma, começando nova etapa – o caminho da iniciação. Por esse motivo, o médium tem grandes responsabilidades em relação à sua evolução particular e à das entidades a ele ligadas por laços de afinidade.
A incorporação é conseguida pela posse do mental do aparelho, depois que a entidade que quer se comunicar se apóia no corpo astral, operação que se efetua devido ao deslocamento do duplo etérico (intermediário ou ponte de ligação entre o corpo astral e o corpo denso), a fim de que o Guia ou Protetor possa atuar na zona psíquica e motora. Existe uma glândula responsável por toda essa operação, a epífise, também conhecida como glândula pineal, que atua como válvula receptora e criadora de um campo magnético, com comprimento de onda idêntico ao da inteligência que se comunica. Na incorporação, o médium cede inteiramente sua maquina física à entidade, nos seus aspectos: vontade, sabedoria e atividade. “Umbanda, Essa Desconhecida”.

“Serve e passa sem jamais esperar recompensa pelo teu serviço. O prazer de servir é a recompensa do servidor”.

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