Dogma
é o que caracteriza uma religião, norteando o conceito religioso. No
Catolicismo, por exemplo, existe o dogma da Ressurreição, da Vida após a morte,
da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), etc. Os dogmas da Umbanda são os
mesmos do Kardecismo, Espiritismo (como se denominam), já que se trata da
religião trazida pelos Espíritos. Os procedimentos comuns são: abertura dos
trabalhos com preces, leitura do evangelho, água fluidificada e incorporação
(com ou sem mesa redonda), prece de encerramento. Os Kardecistas não têm
rituais catalogados, já que eles consideram que através do processo mental ou
energético, que se alcança o Trabalho. Na Umbanda, tudo tem que ter fundamento,
pois leva em consideração a manifestação de corpo, alma e sentimento.
Os rituais são de extrema importância.
Rituais de alma são concentração e conscientização, manifestação do ser naquele
momento que pode ser feita juntamente com o sentimento. Ainda não possuímos o
mental totalmente desenvolvido, e não alcançaremos este desenvolvimento ainda
encarnados, devido a nossa imperfeição, por isso nós necessitamos dos rituais.
Cada
uma das sete linhas da Umbanda (Oxalá, Oxossi, Ogum, Xangô, Iemanjá, Yori e
Yorimá), tem sete faixas vibratórias (ligações entre os dois planos, material e
espiritual). Cada linha possui as sete vibrações. A Umbanda trabalha todas
essas sete faixas vibratórias, considerando os pólos positivos e negativos, até
a 4ª faixa. Da 5ª em diante são trabalhos direcionados. A mesa branca ou
Kardecista trabalha apenas com os manifestantes da 3ª e 4ª faixas.
1ª
Faixa: Espíritos totalmente
ignorantes, que não usam seu arbítrio por causa de seu total desconhecimento.
São usados por terceiros e pela lei de causa e efeito.
2ª
Faixa: Espíritos que
despertaram para o conhecimento. Aqueles que já podem ser direcionados para a
realização de trabalhos (usam seu arbítrio).
3ª
Faixa: Têm conhecimento da
Lei de Causa e Efeito, reconhecem o processo e a necessidade de evolução, mas
não têm conhecimento suficiente.
4ª
Faixa: Se empenham em missão
de socorro, permanecendo na Espiritualidade para trabalhar mediunicamente
(todas as formas). No pólo positivo (lado luz) podemos citar os Protetores, que
têm conhecimento suficiente, e no negativo, os Magos Negros (lado sombra), que
são os executores da Lei.
5ª
Faixa: São os Mestres da
Sabedoria, o homem perfeito, o Adepto [¹]. Não incorporam, só se manifestam
através dos sentimentos. Como exemplo temos Pai Kachambí, que escolheu Passos
como campo vibratório para trabalhar. Estão a serviço da coletividade. Em seu
individual e em seu livre-arbítrio, podem escolher o tipo de missão.
6ª
Faixa: Coordenadores das
outras faixas e das falanges.
7ª
Faixa: Direcionam os
trabalhos. Responsáveis por toda a coordenação dos trabalhos no Planeta, em
todos os templos e em todas as religiões. São os Arcanjos.
________________________
[¹] O Adepto escolhe seis
alternativas por livre vontade:
1. Permanece
com a humanidade como cabeça ou dirigente hierárquico;
2. Permanece
com a humanidade como Nirmanakaya, que são espíritos superiores, que ao invés
de seguir a sua evolução em outros planos superiores, permanece no Plano Astral
para ajudar a humanidade a progredir, por meio de comunicações com esse plano,
por intermédio de um médium ou de Adeptos – mestres – ou Instrutores.
3. Reúne-se
aos Devas ou hostes angélicas;
4. Reúne-se
ao próprio Logos, constituindo-se no que se pode chamar o “Estado Maior”;
5. Prepara
o plano da cadeia seguinte, colaborando diretamente nela;
6. Entra
no Nirvana, naquilo que se conhece como o Eterno Presente.
Do Livro “Umbanda, Essa Desconhecida” de Roger Feraudy,
orientado pelo Espírito Babajiananda (Pai Tomé). Editora do Conhecimento.
Raças Planetárias
5ª
Raça [²]: O despertar do conhecimento para a evolução.
Difusão para que todos tenham condição de evoluir (globalização, Internet,
televisão, etc.).
6ª
Raça: O objetivo será a moralidade do ser.
7ª
Raça: O objetivo é a regeneração. Espíritos
capazes de serem enviados a outros planetas para auxiliar. (Aquisição de
“pedigree”).
É através do ritual da saudação que se faz a
conexão com as faixas vibratórias, estabelecendo a condição mental necessária
(corpo + alma + sentimento). É preciso abundancia de experiências para se
aprender a escolher, já que o espírito flutua entre as polaridades positiva e
negativa, não se aprendendo a ser luz sem a sombra e o bem só existe em função
do mal. O ritual da saudação é manifestação do corpo e da intenção. Após a
saudação vem o chamado “Bater a Cabeça”, que é um ritual de entrega, submissão
a uma hierarquia vibratória superior, realizado em frente ao altar, corpo no
chão, encostando por três vezes a cabeça no chão (tripé = corpo, alma e
sentimento = o indivíduo, o ser e a essência). Esse é um dos rituais da Umbanda
que em nosso Centro
é suprimido em função da quantidade excessiva de médiuns, bastando “bater” a
cabeça a Pai Kachambí e equipe, inclinando a cabeça em direção ao solo em
saudação (chakra frontal onde ocorre o processo mediúnico, em direção à terra
em sinal de submissão). Frontal na terra significa descarregar a vontade
própria de manipular qualquer coisa que seja intenção, visão, comando, domínio,
julgamento não presente, confiar plenamente no Mestre para ser guiado por ele,
como se fechasse o 3º olho. Aprender o ato da entrega, de ser mais humildade,
de ter mais fé, de ser instrumento do amor, da verdade e da caridade. Quando no
encerramento se agradece ter sido esse instrumento, se está elevando a
auto-estima, através do reconhecimento do próprio trabalho.
Dar a benção é uma emanação energética
positiva em direção à outra pessoa, além de que o guia de quem abençoa, passa a
supervisionar, conduzir e comandar os abençoados (médiuns). Nossa babá prefere
não dar a benção, acha que para isso tem que existir discernimento e evolução
suficientes para não incorrer em erros, preferindo não assumir essa
responsabilidade. A hierarquia dentro dos trabalhos em nosso plano é
importante, tomar a benção dos presidentes e dos pais e mães-pequenos (aqueles
que recebem do orientador a incumbência de manter a ordem e a disciplina quando
da ausência da babalaorixá ou da presidência), porque o controle dos trabalhos
tem que estar em suas mãos (ato de “baixar o topete”, humildade). Mas, o mais
importante é o respeito pela pessoa.
Lembrar que se o espírito for esperar ser
perfeito para trabalhar, o processo evolutivo vai demorar muito mais. . .
Trabalho sempre! Errando ou acertando, mas tentando.
________________________
[²] Cada ciclo máximo de
manifestação cósmica compõe-se de sete Rondas, por meio de um globo de
evolução, o que perfaz uma cadeia planetária. Cada Ronda possui sete raças
básicas, fundamentais, chamadas de mãe ou raiz. Cada raça, por sua vez, possui
sete sub-raças. Assim, na nossa cadeia terrestre, encontram-nos presentemente,
na quarta cadeia, na quarta Ronda e na quinta sub-raça da quinta raça-raiz. A
1ª Raça-raiz pode ser chamada de Raça das Sombras e nada mais é do que a
projeção dos corpos astrais dos nossos antecessores da cadeia anterior. A 2ª
raça é denominada Nascidos de Si Mesmos, era etérica, sem corpo físico. A 3ª
foi chamada de Raça Lemuriana. A 4ª também chamada de Atlante, habitou um vasto
continente que ocupava quase totalmente o Oceano Atlântico. A 5ª raça, a atual,
é também chamada Ariana ou Ária. Das suas sete sub-raças, apenas cinco são
conhecidas: 1-Indo-Egípcia, 2-Ário-Semítica, 3-Iraniana, 4-Celta, 5-Tetônica.
As duas últimas sub-raças ainda estão por vir: 6- Austral-Americana e
7-Latino-Americana.
Do Livro “Umbanda, Essa Desconhecida” de Roger Feraudy,
orientado pelo Espírito Babajiananda (Pai Tomé). Editora do Conhecimento.
Consciência Cósmica
Consciência total ou iluminação total é a
faculdade dada ao iluminado, àquele que atingiu a iniciação por qualquer dos
três caminhos que levam a ela: o amor total, o estudo ou sabedoria e o
exercício ou o método. O ser assim dotado compreende a intimidade de todas as
coisas criadas e de todos os seres, desde a matéria inanimada ao ser mais
complexo, e está sempre em intimo contato com a Grande Inteligência do
Universo. A Mediunidade não é um ramo de iniciação, pelo contrario, elas são
incompatíveis. Quem nasce médium já traz, por efeito do carma, um rompimento
congênito em sua tela, que possibilitará por meio dessa provação, contatos com
os mundos supra físicos e as entidades que nele habitam. Se o médium fizer bom
uso dessa faculdade, usando-a exclusivamente em prol do amor e dos seus
semelhantes, o médium pode se libertar do carma, começando nova etapa – o
caminho da iniciação. Por esse motivo, o médium tem grandes responsabilidades
em relação à sua evolução particular e à das entidades a ele ligadas por laços
de afinidade.
A incorporação é conseguida pela posse do
mental do aparelho, depois que a entidade que quer se comunicar se apóia no
corpo astral, operação que se efetua devido ao deslocamento do duplo etérico
(intermediário ou ponte de ligação entre o corpo astral e o corpo denso), a fim
de que o Guia ou Protetor possa atuar na zona psíquica e motora. Existe uma
glândula responsável por toda essa operação, a epífise, também conhecida como
glândula pineal, que atua como válvula receptora e criadora de um campo
magnético, com comprimento de onda idêntico ao da inteligência que se comunica.
Na incorporação, o médium cede inteiramente sua maquina física à entidade, nos
seus aspectos: vontade, sabedoria e atividade. “Umbanda, Essa Desconhecida”.
“Serve e passa sem jamais esperar
recompensa pelo teu serviço. O prazer de servir é a recompensa do servidor”.
0 comentários:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.