Umbanda é uma religião milenar e brasileira
em suas origens. A palavra Umbanda é derivada do termo AUM (Divina) - BHAN
(conjunto, regra) - DAN (lei, norma) - alfabeto Adâmico
Umbanda é a Lei Máter que regula os fenômenos
das manifestações e comunicações entre os Espíritos do Mundo Astral e o Mundo da
Forma.
É a Religião Original, o próprio Elo Vivente
revelado pelo Verbo Criador que os Sacerdotes e Iniciados das antigas Escolas,
em parte ocultarem e em parte ensinaram, perdendo-se depois no emaranhado das
ambições e perseguições, confundindo-se, em ramificações, as poucas verdades
que se conservam ainda, através de vários setores, ditos espiritualistas,
filosóficos e religiosos.
É ainda a Ciência Mãe, ou seja, A Magia
Geradora a que muitos dão o nome de Teurgia, de onde se originaram as demais,
em grande adiantamento, nos tempos presentes.
É uma poderosa Corrente Espiritual, mantida
do Astral para a massa humana e afim aos terreiros, às Tendas e Cabanas.
Mantida, é claro, pelos espíritos que denominamos de Caboclos, Pretos Velhos e
Crianças.
A Umbanda é, portanto, o produto de uma
evolução religiosa. Suas origens encontram-se nas filosofias orientais, fonte
inicial de todos os cultos do mundo civilizado. E a sua implantação, em nossa
Terra, deu-se com a fusão das práticas, dos conceitos e das crenças dos negros,
do branco e do índio. Toda essa complexa situação existente, quando surgiu um
vigoroso movimento de luz, ordenado dos planos espirituais superiores, feito
pelos espíritos que se apresentavam como: Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças. O
termo Umbanda, que eles implantaram no nosso meio para servir de bandeira a
essa poderosa corrente, é um termo sagrado que significa, num sentido mais
profundo, o “CONJUNTO DAS LEIS DE DEUS”.
Origem da Umbanda
A Umbanda originou-se de um conhecimento
chamado Kabala que já existia desde a formação do planeta Terra - A “Kabala"
é uma filosofia esotérica que visa conhecer a Deus e o Universo.
Espíritos de outro planeta eram destinados a
reencarnar em diferentes paragens para a povoação do globo, pois já não
possuíam condições de permanecer em seu planeta natal. Conhecidos por exilados
de Capela. Tudo isso aconteceu nos primórdios do planeta Terra (Transição
Planetária). Esses espíritos vieram ajudar os seres humanos a progredir e dar
um novo impulso às primitivas raças no seu caminho evolutivo. Trouxeram a crença da Kabala. Logo começou a formação de Atlântida com muita evolução,
pois os espíritos oriundos de Capela traziam com eles seus conhecimentos e grande
capacidade intelectual, porem possuíam também seus aspectos negativos devido a
sua condição de inferioridade em Capela. Habitaram a Terra também espíritos que
se negavam a encarnar neste planeta, não por maldade, mas por orgulho, por se
sentirem mais evoluídos que os povos aqui existentes.
Tal negativa em povoar a Terra, criou um
carma sobre esses espíritos. Assim, tiveram que encarnar depois em condições
piores e adversas. Foram esses espíritos que reencarnaram na Atlântida,
tornando-se magos negros. Com o reencarne destes espíritos, houve uma subversão
(indisciplina) dos poderes sagrados e os dirigentes, os magos brancos,
começaram a ocultar, a velar as coisas sagradas, nascendo daí a tradição ESOTÉRICA.
O que era antes propriedade de
toda humanidade, ficou em poder de alguns, como arma poderosa para evitar o
caos total. Surgiu como equilíbrio da Lei do Carma, a MEDIUNIDADE, e então três
correntes começaram a agir na raça atlante: magos brancos, magos negros e a
classe nova de médiuns, que oscilava de um lado para o outro.
A magia negra
venceu a primeira batalha (150.000 a. C.), e o Governo Oculto do Mundo, fez
desabar sobre a civilização atlante grande catástrofe, destruindo grande parte
do continente. Mudou-se a face do planeta e continentes foram tragados pelas
águas enquanto outros se levantaram no seio delas, pois uma nova raça (atual)
tinha que começar a se aperfeiçoar.
Quando Atlântida caiu em poder dos magos
negros, vários magos brancos refugiaram-se em regiões diferentes: África do
Norte, Américas e Europa. Assim surgiram as civilizações conhecidas como:
Incas, Astecas, Maias, do Antigo Egito e etc.
Espíritos superiores, então passaram a agir
na esfera astral, ajudando e contribuindo para evolução dos primeiros
“aparelhos”. A ação destes espíritos provocou um impulso que resultou numa associação,
no Plano Astral, entre médiuns e magos brancos, empregada no combate geral à
magia negra. Porém nem todos os médiuns foram atraídos pelos magos brancos,
pois embora médium, dirigido por entidades afins ou pensamentos, é livre e,
como ser “livre”, fez sua escolha. Nas sua atuações primordiais obedeciam eles
a certos princípios ou regras que resultaram em um ritual que foi a primitiva UMBANDA
(Aumbhandan).
Era considerada a Religião - primária,
composta pelos quatro pilares do conhecimento humano (Arte, Filosofia, Ciência
e Religião). Era, na época, a única Religião Ciência da humanidade. Ao fragmentar-se,
daria origem as religiões, filosofias, ciências e artes de todos os tempos. É
por isso que muitos dizem que a Umbanda é uma mistura de religiões. Na verdade
de acordo com os conceitos esotéricos das escolas iniciáticas, todas as outras
religiões teriam surgido, ao longo dos milênios, a partir da fragmentação da
Umbanda, que ocorreu em plena Atlântida. Portanto, tanto na Lemúria quanto na
Atlântida era o conhecimento-UNO, transmitido a todos pela pura raça vermelha.
Umbanda no Brasil
A Umbanda foi revelada no Brasil através do
médium Zélio Fernandino de Moraes.
Foi através do Caboclo Sete Encruzilhadas que a Umbanda propagou-se no Brasil. No
dia 16 de novembro de 1908, em São Gonçalo – RJ, o Caboclo das Sete
Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:
"Aqui inicia-se um novo culto em que os
espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que
desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras,
já deturpadas e dirigidas quase
que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos da
nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados,
qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A prática da caridade
no sentido do amor fraterno será a característica principal deste culto, que
tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo".
Umbanda e a Religião
Religião é filosofia espiritual. A filosofia
da Umbanda é que vai fazer com que pautemos a nossa vida religiosa. A Umbanda é
considerada religião porque nos mostra uma filosofia para direcionarmos a nossa
vida. Com ela conseguimos nos religar com Deus, conseguimos tirar o véu que
cobre nossa ignorância da presença de Deus em nosso íntimo, então podemos
chamar a UMBANDA de Religião!
A Umbanda não é uma seita, e sim um religião,
ainda meio difusa devido à aceitação maciça de médiuns cujas formações
religiosas se processaram em outras religiões e cujo usos e costumes vão sendo
diluídos muito lentamente para não melindrar os conceitos e as posturas
religiosas dos seus novos adeptos, adquiridos fora da Umbanda, mas respeitados
por ela.
Umbanda é o sinônimo de prática religiosa e
magística caritativa (caridade desinteressada) e não tem a cobrança pecuniária
como uma de suas práticas usuais. A Umbanda é uma religião espírita e
espiritualista. Espírita porque está, em parte, fundamentada na manifestação
dos espíritos guias. E espiritualista porque incorporou conceitos e práticas
espiritualistas (referentes ao mundo espiritual).
A Umbanda vê as outras religiões como
legitimas representantes de Deus. E vê todas como ótimas vias evolutivas
criadas por Ele para acelerarem a evolução da humanidade, pois cada um se
afiniza com uma corrente religiosa que esteja em correspondência ao seu grau de
compreensão e evolução.
A Umbanda não adota práticas agressivas de
conversão religiosa, pois acha estes procedimentos uma violência consciencial
contra as pessoas. A fé é o principal fundamento religioso da Umbanda e suas
práticas ofertatórias, isentas de sacrifícios de animais, são uma reverencia
aos Orixás e aos guias espirituais. É uma religião para todos, moldável dentro
de si mesma, sem que perca sua essência principal: a CARIDADE. Moldável
porque se adapta a filosofia de cada grupo. A Umbanda possui uma
identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a
todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos deles;
A Umbanda não apressa o desenvolvimento
doutrinário dos seus fiéis, pois tem no tempo e na espiritualidade dois ótimos
recursos para conquistar o coração e a mente de seu adeptos.
A
Umbanda fundamenta-se
ü Na existência de um Deus
único, eterno, incriado, potência geradora de todo Universo e adorado sob
vários nomes.
ü Na crença de entidades espirituais,
em plano superior de evolução, que são os Orixás, anjos e mestres, chefiando
falanges que formam a hierarquia espiritual.
ü Na crença de guias
espirituais, mensageiros dos Orixás, anjos e mestres, ainda em evolução e que
se acham em planos médios, acima do físico.
ü Na existência do espírito como
essência das essências, que é a forma mais sutil da energia e que sobrevive à
matéria, a caminho da evolução, buscando o aperfeiçoamento.
ü Na crença da reencarnação e da
lei Cósmica de Causa e Efeitos.
ü Na prática da mediunidade sob
as mais variadas formas, como maneira de aliviar o carma pela prática da
caridade.
ü Na crença de que o ser humano
vive em um campo de vibrações que condiciona a sua vida para o bem, como também
para o mal, conforme a lei do livre-arbítrio e o ambiente que o cerca.
ü No conceito de que o ser
humano é a síntese do Universo, dentro de um paradigma Holístico.
ü Na vida inteligente vivendo em
todo Cosmos.
ü No direito de liberdade de
todos os seres viventes.
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